A Justiça Eleitoral cassou o mandato de um vereador de Santa Rosa, no Noroeste do Rio Grande do Sul, e deixou três funcionários públicos inelegíveis no município após denúncia do Ministério Público por compra de votos.
Conforme os procuradores responsáveis pela denúncia, o vereador Carlos Marinho Martins (PP), o ex-secretário de Desenvolvimento Sustentável Fernando Borela, a secretária de Administração e Governo, Lina Michalski, e o diretor de Obras, Edemar da Veiga Martins, estariam envolvidos em um esquema de compra de votos que pode ter beneficiado o vereador nas eleições deste ano.
A investigação conduzida pelo MP começou há sete meses, após uma denúncia anônima sobre um possível esquema de improbidade administrativa. Os suspeitos estariam usando máquinas da prefeitura para a realização de diversos serviços, realizados por meio da Secretaria de Obras do município.
Essa seria a forma de garantir votos nas eleições de 2016. Além do vereador, outras três pessoas que ocupam cargos na secretaria, ou que tem ligação direta com a pasta foram envolvidos na investigação.
“Esse esquema funcionava por intermédio da distribuição gratuita de serviços públicos a pessoas das relações do candidato a vereador. A partir daí nós desenvolvemos uma investigação coletando dados, documentos, ouvindo pessoas e a partir de todos esses relatos, e de todas essas provas documentais, nós chegamos à conclusão de que o sistema realmente existia e que beneficiava, com a complacência de servidores públicos municipais, e um candidato determinado à reeleição”, afirma o promotor de Justiça Janor Duarte, responsável pelo caso.
O vereador Carlos Marinho Martins nega as acusações e diz que vai recorrer da decisão. O ex-secretário de Desenvolvimento Sustentável Fernando Borela também afirmou que vai recorrer. A secretária de Administração e Governo Lina Michalski e o diretor de Obras Edemar da Veiga Martins negaram envolvimento no esquema.