A quinta-feira (4) começou com a previsão de protestos e paralisações no Rio Grande do Sul, como represália ao parcelamento dos salários dos funcionários públicos estaduais. Servidores da área da segurança pública prometem realizar uma operação padrão, com paralisações entre as 6h e as 21h, e recomendam que os servidores, e até a população, não deixassem suas casas.
Viaturas da Brigada Militar passaram a noite no estacionamento na Arena do Grêmio. Informações extraoficiais apontam que policiais militares passaram a noite no local para driblar possíveis bloqueios de sindicalistas e familaires de PMs na frente dos quartéis.
Em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre viaturas policiais foram amarradas por cordas por agentes de segurança para impedir que os veículos circulem pelas ruas da cidade.
Na capital, atos de vandalismo foram registrados no bairro Cidade Baixa, na região central da cidade. Uma agência do banco Itaú teve a vidraça quebrada por pedras na Rua José do Patrocínio e, próximo ao banco, uma lixeira pública foi parcialmente queimada.
Confira abaixo quais serviços deverão ser afetados pela paralisação:
Transporte
Segurança pública
Educação
Prefeituras
Bares e Restaurantes
Comércio
Judiciário
Justiça determina abertura de bancos
Uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região proferida na madrugada desta quinta-feira (4) autorizou aabertura das agência bancárias no Rio Grande do Sul. A medida reverteu uma decisão anterior, da noite de quarta-feira (3) que tinha determinado o fechamento dos bancos em um dia no qual sindicatos dos servidores da segurança organizam protestos contra o parcelamento salarial. A decisão proferida pelo desembargador José Ferlin D'Ambroso determinou que as agências bancárias só devem ser fechadas caso a Brigada Militar confirme, de forma oficial, que não haverá policiamento nas ruas.
Governo diz que não aceitará desobediência
O governo mobilizou a cúpula de segurança e pediu à população que não deixe de ir para a rua. "Confio na responsabilidade dos policiais na proteção dos 11 milhões de gaúchos", disse o governador após reunir-se com os responsáveis pelos órgãos de segurança para tratar sobre providências para garantir a proteção da sociedade.
''Nós não vamos tolerar qualquer ato de desobediência ou desrespeito aos 11 milhões de gaúchos. É neles que nós precisamos pensar, especialmente nos mais humildes”, disse o governador.
Por meio de nota, Sartori já havia afirmado que a sociedade não pode ser prejudicada pelas mobilizações dos servidores. "Qualquer radicalização é inoportuna diante do interesse público, especialmente dos trabalhadores mais humildes. O Brasil já soma quase 12 milhões de desempregados", disse o documento.
Governador divulgou mensagem sobre aparalisação (Foto: Reprodução/Facebook)
FOnte: Zero HORA