A Secretaria Municipal de Saúde confirmou, nesta semana, o primeiro caso de Gripe A (H1N1) em Horizontina.Segundo a coordenadora de Atenção Básica, Mariana Zimpel, três casos estavam sob suspeita, havendo a confirmação de um deles.
Em todo o Estado, a situação tem sido preocupante para a equipe de saúde: conforme relatório divulgado no dia 15 de julho pela Secretaria Estadual de Saúde, 1.070 casos de influenza já foram registrados, sendo que, destes, 972 estão ligados ao vírus H1N1. O número de óbitos, até a data, era de 176, sendo 163 foram causados pelo H1N1. Demais casos estão ligados a outros tipos do vírus influenza, como o B e A (H3N2).
Médico na Unidade de Saúde da Família do bairro Industrial, Eduardo Teixeira alerta para a diferenciação que deve ser feita da gripe comum para a gripe A: no primeiro caso, o paciente apresenta febre inferior a 39ºC, calafrios esporádicos, com cansaço moderado e dor de garganta forte. Também são sinais da gripe comum a tosse de menor intensidade, congestionamento nasal, dores musculares moderadas e leve ardor nos olhos. Na gripe A, a febre é alta e súbita. Calafrios são frequentes e o cansaço extremo. A dor de garganta é leve e a tosse torna-se seca e contínua. É pouco comum o congestionamento nasal e as dores musculares tornam-se intensas, assim como o ardor nos olhos: também intenso.
“Em 93% dos casos a febre é alta e, nos idosos, pode ser baixa ou inexistente. A tosse também está presente em 90% das situações, além da dor de cabeça intensa”, reforça o médico.
Utilizando-se de dados divulgados pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde, Eduardo Teixeira reforça que a transmissão ocorre, principalmente, 24h após o início dos sintomas e até três dias após o final da febre. Em crianças, o tempo pode se estender por 14 dias. “Por isso a indicação é para que as crianças deixem de ir à escola e para que os adultos não compareçam ao trabalho pelo período de sete dias, após a identificação dos sintomas”, completa. Fora do organismo, o vírus resiste de 24h a 72h.
Fique atento
O tempo frio e seco aumenta em 90% a sobrevida do vírus e em 50% a transmissão – que pode ocorrer por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir e respirar. Mas, segundo a Organização Mundial de Saúde, a principal forma de transmissão não é pelo ar, mas pelo contato com superfícies contaminadas, como trincos de portas, corrimão, mesas, cadeiras ou qualquer objeto que foi tocado e possa ter o vírus.
Como prevenir?
Segundo o médico Eduardo Teixeira, é importante evitar aglomerações ou ambientes fechados. No caso dos sintomas identificados, não comparecer à escola ou ao trabalho. Manter ambientes arejados ajuda, assim como o uso de copos descartáveis. Caso for utilizar um bebedouro, não encoste a boca e, com frequência, lave as mãos com água e sabão. O uso do álcool em gel 70% também é eficaz, já que mata 100% dos vírus e bactérias. “Ao tossir ou espirrar, cubra o nariz e a boca com lenço de papel e, após o uso, descarte-o. É importante não colocar a mão na boca ou esfregar os olhos e nariz. As mucosas são a porta de entrada do vírus”, afirma.
A mortalidade da gripe H1N1 em pessoas jovens e com boa saúde é 100 vezes superior à gripe convencional. Em 95% dos casos, os sintomas são leves e moderados. Em 5% podem ser graves e exigir que os pacientes sejam internados, sendo que muitos necessitam de UTI – Unidade de Terapia Intensiva.
Fonte: Assessoria Comunicação