O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um discurso para seus apoiadores na praça Generoso Marques, em Curitiba, na noite desta quarta-feira (13) e disse que prefere “morrer” do que “passar para a História como mentiroso para o povo brasileiro”. “Não se preocupem com os depoimentos que eu tiver que dar. Eu não sou melhor que ninguém, eu quero prestar todos os depoimentos. A única coisa que eu quero é que aqueles que me ataquem um dia vão para a mesma televisão que me atacam para pedir desculpas”, disse para seus correligionários.
Segundo o ex-mandatário, ninguém “encontrou nenhuma verdade nas acusações”. “Eu sempre digo que a desgraça de quem mente é que tem que passar a vida toda mentindo”, afirmou ainda.
“Eu quero que o Ministério Público, que é uma instituição que eu respeito tenha a coragem de admitir: não tenho provas contra Lula, eu menti”, acrescentou.
Em outra parte de seu discurso, e mantendo o ritmo de pré-campanha política que vem fazendo nas últimas semanas, Lula falou sobre seus dois mandatos à frente da Presidência.
“Cometi graves erros: sonhei fazer uma indústria naval competitiva com coreanos e japoneses, sonhei fazer o filho de pedreiro virar engenheiro. Eu sonhei que a juventude poderia ter esperança. Sonhei em fazer esse País ser respeitado no mundo.
Sonhei que o País superasse o complexo de vira-latas e tivesse relações internacionais de igual para igual”, afirmou.
“Cometi o erro imperdoável para a elite de promover a valorização do salário-mínimo e aumento real para todas categorias. Não há na história da humanidade nenhum estadista que resolveu governar para os pobres e tivesse resistido à sanha da elite perversa. Eu tenho comigo uma coisa que devo a vocês: tenho comigo a verdade. Eu jamais mentiria pra vocês”, destacou ainda. (ANSA)
O Sul