Através de denúncia anônima, a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), juntamente com a Polícia Civil, descobriu a ação de uma agente penitenciária administrativa que vendia celulares e outros objetos de uso pessoal no interior da Penitenciária Estadual Modulada de Pesqueiro, em Montenegro, no Vale do Caí. Ela foi presa nesta segunda-feira (28), durante a Operação Mascote da polícial civil, que também cumpriu três mandados de busca e apreensão.
Segundo o delegado regional penitenciário, Sandro Oliveira, a servidora vendia os telefones e objetos com a ajuda de um detento, condenado por tráfico, que trabalhava no setor de almoxarifado. Como não passava pela revista ela, conseguia entrar com os objetos na casa prisional sem levantar suspeitas. O detento, então, repassava os itens aos demais.
A agente, que trabalhava na Susepe desde 2011, foi presa preventivamente. E o detento também responderá pelo crime. Segundo Sandro, ele perderá o direito de trabalhar na prisão, e será novamente julgado, agora por este crime.
Sandro Oliveira afirma também que casos de corrupção dentro da cadeia, como o revelado pela operação, são poucos, e rigorosamente combatidos. "Nosso índice [de corrupção] é muito baixo, e fácil de ser combatido", aponta ele.
O diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal da Susepe, Ângelo Carneiro, reforça. "É uma lástima ver uma agente do nosso quadro se envolvendo nesse tipo de ilícito. Mas não somos coniventes", pontua. Segundo ele, a servidora irá responder administrativamente e criminalmente pelo ato.