Família é acusada de matar homem queimado em Passo Fundo
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Publicado em 02/08/2017

Na manhã desta quarta-feira (02), a Delegada Titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Desaparecidos da Polícia Civil, Daniela de Oliveira Minetto, concedeu entrevista para a Rádio Uirapuru relatando o andamento das investigações sobre a morte do Paulo Fernando Radin Rodrigues, de 43 anos.

O crime ocorreu no dia 21 de julho deste ano, nas margens do Km 140 da ERS 153, na saída de Passo Fundo para Ernestina. Naquela ocasião, a vítima foi encontrada carbonizada no interior de uma caminhonete totalmente queimada.

Os policiais iniciaram as diligências e conseguiram identificar quatro pessoas envolvidas na execução. Trata-se da namorada da vítima, identificada como Adriana, de 45 anos, os dois filhos dela, Lucas, de 20 anos, Diego, de 27 anos, e o ex-marido José, de 52 anos.

Segundo a Delegada, o Paulo e a Adriana estavam namorando há quatro meses. Neste período a vítima disponibilizou dinheiro e começou a administrar a clínica de idosos que pertencia a acusada, inclusive demitiu os dois filhos e o ex-marido dela, que trabalhavam no local.

A partir de então, iniciaram as brigas entre o casal, que foram fomentadas após Adriana ver mensagens de Paulo com outras mulheres.

Na noite anterior ao crime, a acusada registrou uma ocorrência de violência doméstica contra Paulo. No boletim ela informou que era mantida em cárcere privado e para comparecer na delegacia precisou dar remédios para dopar o namorado.

Ao sair da delegacia, ela chamou os filhos e o ex-marido para irem até a sua residência, com o objetivo de retirar a arma que o companheiro usava.

Quando a família chegou na casa, o Paulo acordou e foi obrigado a embarcar na própria caminhonete para ir até Delegacia. Mas no trajeto ocorreu um desentendimento e Adriana efetuou três tiros que mataram a vítima. Depois desse fato ela foi sozinha até a saída para Ernestina, onde ateou fogo na caminhonete.

Durante as investigações, os policiais constataram contradições nos depoimentos dos acusados e coletaram provas de que o crime foi premeditado. Inclusive, nas imagens do sistema de segurança da residência do casal, a Adriana aparece desligando as câmeras.

Os filhos e o ex-marido relatam que acompanharam a ação, porém quem cometeu a execução foi Adriana.

A Delegada Daniela de Oliveira Minetto revelou que alguns procedimentos ainda precisam ser realizados para a conclusão do inquérito policial. Porém, ela adiantou que a família será indiciada pelo crime de homicídio qualificado, devido ter motivo torpe e dificuldade de defesa da vítima, além de ocultação de cadáver.

Por ser tratar de réus confessos, possuírem residência fixa e estarem colaborando com as investigações, ainda não foram solicitadas as prisões preventivas dos acusados.

Fonte: Rádio Uirapuru

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