Na semana em que o governo federal anunciou o aumento do PIS/Cofins sobre combustíveis líquidos, o valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros recuou em 21 Estados e no Distrito Federal, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. O litro do derivado de petróleo registrou o preço máximo de R$ 4,15 o litro no Rio Grande do Sul. Houve aumento no valor em outros quatros Estados. No Amapá, Rondônia e Sergipe o valor do litro ficou estável.
Na quinta-feira , o governo aumentou em R$ 0,4109 de PIS/Cofins por litro da gasolina. No entanto, o reajuste chegou aos postos apenas a partir da última sexta-feira (21) e não foi captado pelo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Em São Paulo, maior consumidor do País, o litro da gasolina recuou 1,58% entre a segunda e a terceira semana de julho, de R$ 3,286, para R$ 3,234, em média. Em Minas Gerais o recuo médio foi de 0,097%, de R$ 3,613 para R$ 3,578 o litro, em média, enquanto que no Rio de Janeiro houve recuo de 0,57%, de R$ 3,875 para R$ 3,853. Na média brasileira, o litro da gasolina caiu 0,60% entre os períodos, de R$ 3,485 para R$ 3,464.
Etanol
Os preços do etanol hidratado nos postos brasileiros caíram em 18 Estados brasileiros e no Distrito Federal na semana passada, marcada pelo aumento no PIS/Cofins sobre os combustíveis. Na quinta-feira passada, o governo anunciou o aumento total de R$ 0,2073 de PIS/Cofins por litro do etanol hidratado nas distribuidoras e na usina. Mas, da mesma forma com o que ocorreu com a gasolina, o reajuste chegou aos postos apenas a partir da última sexta-feira e não foi captado pelo levantamento da ANP.
Segundo os dados, compilados pelo AE-Taxas, em outros sete Estados houve aumento no preço do etanol. A ANP não divulgou os preços nos postos do Amapá na semana anterior e, portanto, não foi possível medir a variação. Em São Paulo, principal Estado produtor e consumidor, a cotação do hidratado caiu 2,19% na semana, para R$ 2,148 e no período de um mês acumulava queda de 5,62%.
Na semana, o maior recuo das cotações foi registrado no Distrito Federal (4,96%), enquanto a maior alta ocorreu no Amazonas (1,56%). A maior queda mensal, de 6,38%, também foi no Distrito Federal.
A maior alta mensal foi em Roraima, 1,74%, juntamente com a Bahia (1,69%) os únicos Estados País a terem aumento no etanol hidratado se comparado a igual período de junho. Na média brasileira, o etanol recuou 1,73% na última semana antes do aumento do PIS/Cofins e acumulava queda de 4,53% no período de um mês.
No Brasil, o preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 1,78 o litro, em São Paulo, e o máximo foi de R$ 4,15 o litro, no Rio Grande do Sul. Na média, o menor preço foi de R$ 2,116 o litro, em Mato Grosso, e o maior preço médio foi verificado no Amapá, de R$ 3,69 o litro.
Competitividade
Os preços médios do etanol hidratado se mantinham competitivos com os da gasolina apenas em São Paulo e em Mato Grosso, segundo dados da ANP compilados pelo AE-Taxas. O levantamento, feito antes aumento no PIS/Cofins sobre os combustíveis, considera que o combustível de cana, por ter menor poder calorífico, tenha um preço limite de 70% do
derivado de petróleo nos postos para ser considerado vantajoso. Em Mato Grosso, onde o etanol está mais competitivo, o combustível é vendido em média por 60,44% do preço da gasolina.
Em São Paulo a paridade está em 66,42%. Em dois Estados – Goiás, com paridade em 70,28% e Minas Gerais, em 70,35% – praticamente não há vantagem econômica para o uso de um combustível em relação ao outro. Como o PIS/Cofins sobre a gasolina também aumentou, é possível que essa paridade seja mantida no levantamento desta semana, o primeiro a captar os reajustes.
A gasolina segue mais vantajosa principalmente em Roraima. Naquele Estado, não há fabricação de álcool e ainda existe uma dificuldade logística para o recebimento do combustível das regiões produtoras. Com isso, o preço médio do etanol foi de R$ 3,68 o litro, mais caro que os R$ 3,359, o litro cobrado pela gasolina nos postos avaliados pela ANP.
Fonte Correio do Povo