Uma operação integrada cumpre 35 mandados de prisão preventiva e 37 mandados de busca e apreensão em Cachoeira do Sul, na Região Central. As prisões envolvem uma organização criminosa que atua no tráfico cocaína e maconha na região. São realizadas buscas em casas, empresas e nos presídios de Cachoeira do Sul e Venâncio Aires. Até agora, há 14 pessoas detidas.
Ao todo, mais de 250 agentes do Ministério Público, Polícia Civil e Brigada Militar participam da operação.
A investigação iniciou a partir de informações da Brigada Militar de que um sargento estava dando proteção ao líder do tráfico na cidade, há cerca de um ano. Meses depois, a Polícia Civil passou a apoiar as investigações do MP. Durante esse período, quase 20 quilos de entorpecentes foram apreendidos.
A investigação tem indícios de que parte dos valores angariados pelo tráfico de drogas era lavado a partir da revenda de carros de propriedade da companheira do líder da facção e irmã do sargento investigado.
Essa empresa, além de outras duas cujas proprietárias são esposas de “gerentes” do grupo criminoso, eram utilizadas da seguinte forma: os integrantes da facção eram contratados regularmente, com carteira de trabalho para que, quando fossem presos, tivessem o direito ao auxílio reclusão – R$ 500 desse valor era direcionado para o pagamento mensal de advogados. Além disso, as empresas forneciam as cartas de emprego para que os membros da facção pudessem progredir para o regime semiaberto com saída externa.
Quatro taxistas estão entre os investigados. Eles supostamente faziam o transporte de drogas dos pontos de venda aos clientes, ao preço da corrida mais o valor da droga. Os taxistas também agiam como motoristas contratados pela facção para o recolhimento dos valores arrecadados durante o dia de trabalho nos pontos e transportavam dinheiro do grupo.