A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (23) uma ação para desarticular três organizações criminosas que traficam anabolizantes e outras drogas, como medicamento anorexígenos. A Operação Proteína é uma continuidade da Black Dragon, que ocorreu em dezembro do ano passado em Rio Grande. Mais de 320 policiais federais cumprem 30 mandados de prisão e 75 de busca e apreensão no RS, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
No Estado, são cumpridos três mandados de busca e apreensão em Rio Grande, nove em Pelotas e um em Santa Catarina. Os agentes também estão em Palhoça, em Santa Catarina, Rio de Janeiro, Vitória, no Espírito Santo, Guaíra e Foz do Iguaçu, no Paraná, onde são cumpridos também três mandados de prisão, e em São Paulo, onde se concentra a maior parte da operação. Na capital paulista, são cumpridos 54 mandados de busca e apreensão e 25 de prisão.
As investigações da primeira operação, a Black Dragon, demonstraram que uma parcela do anabolizante irregular consumido em Rio Grande era fornecida por três quadrilhas de São Paulo. Os anabolizantes e medicamentos eram fabricados no Paraguai, na Argentina, na Índia, e em outros países. Além de trazer o produto ilegalmente, essas organizações também eram responsáveis pela distribuição em diversos estados brasileiros.
Há indícios de falsificação e comercialização de medicamentos adulterados, como hormônios de crescimento, e de aquisição de anabolizantes no mercado interno, de forma fraudulenta, desviados para revenda clandestina.
A movimentação financeira mensal das organizações criminosas é estimada em R$ 2 milhões. De acordo com a Polícia Federal, os grupos eram altamente estruturados, inclusive com a participação de servidores de órgãos de segurança pública. Policiais federais, civis e militares são investigados na Operação Proteína.