Após deixar uma passageira na zona sul de Porto Alegre, o taxista Raul Mazzilli, 21 anos, percebeu que, no carro, a cliente havia esquecido uma pasta. E, dentro dela, estavam R$ 4 mil em cheques.
Como o objeto não tinha identificação alguma, o motorista passou no ponto de táxi em que trabalha — no Foro Central, bairro Praia de Belas — comunicando que o levaria até a Central de Atendimento ao Cidadão da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). Foi lá que, no dia seguinte, a passageira resgatou o dinheiro.
"Acho que a maioria agiria do mesmo modo que eu. Não posso ficar com uma coisa que não é minha. Acho que fiz apenas a minha obrigação", contou Mazzilli à reportagem de Zero Hora.
O taxista, há um ano na profissão, diz que já foram esquecidos outros objetos em seu carro, mas nenhum de grande valor. Conforme o motorista, às vezes há dificuldade de encontrar os donos quando os objetos não têm identificação. Acredita, no entanto, que a maioria age como ele.
Orientação da EPTC
A empresa recomenda que, ao embarcar, o passageiro sempre anote o prefixo do veículo. Caso se esqueça alguma coisa, com o prefixo fica mais fácil fazer contato com o taxista. De acordo com a funcionária da EPTC Fabiane Silveira de Mello, responsável pela coordenação do Cadastro de Operadores, já foram esquecidos bolsas, celulares, carteiras, documentos, instrumentos musicais e até um bolo de noiva.