O veículo que afundou no Rio Ijuí, quando de travessia na balsa que liga os municípios de Mato Queimado e Guarani das Missões, no dia 26 de agosto, não apresentava falha mecânica, de acordo com laudo emitido pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), divulgado na sexta-feira (20) pela Polícia Civil (PC).
Na ocasião, morreu afogada Fabiana Oliveira, de 36 anos, o seu marido, motorista do veículo, acabou conseguindo sair do carro, antes que esse submergisse. Imagem de uma câmera de monitoramento instalada no local aponta que o carro entrou na plataforma da balsa e, em momento algum, diminuiu a velocidade.
À época o motorista alegou à polícia que veículo teve um problema mecânico. Segundo ele o que aconteceu foi um acidente causado por um “problema no acelerador do veículo”. A investigação, porém, indica que o que aconteceu não foi um acidente, mas uma ação proposital, indicando um provável caso de homicídio doloso, a partir da constatação do laudo pericial que não constatou nenhuma falha no sistema de aceleração, freio, nem motor. Pelo que se apurou, diz o delegado Afonso Stangherlin responsável pelo caso, “ele passou acelerando pela barca. Não parou. Alegou que o veículo apresentou problemas e teria trancado a aceleração. Há possibilidade de indiciamento pelo feminicídio. Até pelo fato de estar embriagado e estar dirigindo", disse.
Ainda é aguardado o laudo da necropsia do corpo de Fabiana antes de interrogar novamente o marido dela. A motivação para o crime não está clara para a polícia.
Texto e edição: Portal RD
Fonte: PC/G1
Imagem: Arquivo