O presidente da República, Michel Temer, disse na noite desta terça-feira (14) que escolherá seu novo ministro da Justiça e Segurança Pública “logo, logo”.
A declaração em tom de brincadeira foi dada ao jornal Folha de S.Paulo quando Temer deixava uma casa de festas onde ocorre a festa de posse da nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária, evento que reuniu ministros, parlamentares e o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Gilmar Mendes.
Diante da repercussão negativa a nomes indicados pelo PMDB, o presidente Michel Temer sondou e avalia nomear o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Carlos Velloso para o comando do ministério.
Velloso tem aval do PSDB, principal aliado da gestão peemedebista, e contempla o perfil “inquestionável” defendido por assessores do presidente. Para eles, o novo ministro não pode dar margem a críticas da opinião pública, principalmente no que diz respeito a possíveis interferências na Lava-Jato.
A bancada do PMDB da Câmara fez críticas veladas nesta tarde à possibilidade de o PSDB avalizar a indicação de mais um ministro.
Os deputados queriam indicar o colega Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), que foi praticamente descartado pelo Planalto após a Folha mostrar que o parlamentar já criticou o poder de investigação do Ministério Público, um dos principais atores da Operação Lava-Jato.
Em um rápido discurso, Temer comemorou o que considerou uma rápida tramitação da reforma da Previdência e pediu apoio dos ruralistas para a reforma do sistema tributário.
“Quando vejo que nós já conseguimos mandar a reforma da Previdência em brevíssimo tempo, com a presença fortíssima do Osmar Serraglio na Comissão de Constituição e Justiça [CCJ], em menos de dez dias, ao final do ano, nós conseguimos aprovar a admissibilidade da reforma da Previdência, aquilo que ia levar dois anos para que fizéssemos, estamos realizando, praticamente, em seis, sete meses”, afirmou o presidente.
Antes de Temer, discursou Gilmar Mendes, que destacou a presença à mesma mesa dos ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e do Meio Ambiente, Sarney Filho.
“[São] forças políticas muito diversas que se somam tendo em vista um interesse comum. Acho que este é um símbolo também do seu governo”, afirmou o ministro do TSE ao presidente Michel Temer, que acompanhou o discurso em uma mesa diante do palco.
Caberá ao TSE julgar ações que pedem a cassação da chapa formada por Temer e pela ex-presidente Dilma Rousseff.
(Folhapress)