Quatro pessoas da mesma família morreram afogadas no final da tarde desta terça-feira no distrito de Vila Oliva, interior de Caxias do Sul. As vítimas foram identificadas como Adão Pinto Vieira, 65 anos, Bruna Pinto, 20, Brenda Pinto, 14, e Gabriel Gasperin Pinto, 13. Segundo a polícia, todos eles trabalhavam na propriedade rural onde aconteceu a tragédia.
"O delegado Caio Fernandes, plantonista da Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA) de Caxias do Sul, foi um dos primeiros policiais a atender o caso. Conforme Fernandes, um quinto rapaz, também da mesma família, ainda não identificado, foi socorrido por um motorista que passava pelo entorno do terreno, que fica às margens da ERS-453, e percebeu pedidos de ajuda vindo do local.
O delegado afirma, conforme informações preliminares, que Gabriel estaria andando a cavalo e possivelmente teria caído dentro da área mais funda do açude.
— As primeiras conversas com moradores e funcionários da propriedade indicam que as outras vítimas avistaram o cavalo, no qual estava Gabriel, voltando molhado e sozinho para a casa. A partir disso, foram correndo em direção ao açude para ver o que havia acontecido com o menino e avistaram o afogamento. O fim acabou sendo trágico, porque eles acabaram também se afogando em uma tentativa frustrada de resgate — relatou Fernandes.
As outras vítimas teriam tentado formar um cordão com as mãos na tentativa de resgatar o adolescente, mas acabaram caindo em uma espécie de valo. Os corpos foram localizados poucas horas depois pelo Corpo de Bombeiros. Os mortos foram encontrados poucos metros do local onde se afogaram, conforme a corporação.Logo após as mortes, Fernandes conversou com o dono da propriedade rural, com alguns funcionários e com o homem resgatado. A vítima não conseguiu falar direito com a polícia, pois estava muito abalada e, aparentemente, em estado de choque, conforme o delegado plantonista.
O caso ficará com a 3ª Delegacia de Polícia (DP) de Caxias do Sul. Fernandes destacou que a polícia vai colher depoimentos para tentar esclarecer a dinâmica dos acontecimentos:
— O que impressiona é o fato de todas as vítimas conhecerem muito bem o terreno onde aconteceram as mortes. Não eram pessoas em um local estranho. Inclusive, informações coletadas indicam que o Gabriel andava muito bem a cavalo. Somente com os novos depoimentos e com os laudos da perícia vamos conseguir entender como aconteceu essa tragédia — afirmou.
O grau de parentesco das vítimas ainda não foi esclarecido pela polícia.
Fonte: O Pioneiro