estará suspenso a partir de amanhã. A razão é alertada há pelo menos dois anos: a falta de efetivo no local. É a primeira vez que isso vai acontecer em 26 anos, desde que foi instalada da 2° Seção de Combate à Incêndio na cidade.
Sem horas extras e com efetivo cada vez menor a cada ano, não há como manter o serviço. Apenas um bombeiro ficará no local, para atender ao telefone. As emergências serão atendidas por Santo Ângelo ou São Borja, ambas as cidades distantes cerca de 100km. Segundo o soldado Andrade, representante da Associação dos Bombeiros do Rio Grande do Sul (Abergs), a situação era alertada há bastante tempo. Em 2015, ele levou o caso até a reunião da Associação dos Municípios das Missões (AMM). Na época, a entidade era dirigida pelo ex-prefeito de Giruá, Fabian Thomas. Andrade, em entrevista à Rádio Missioneira hoje, informou que pediu apoio das lideranças políticas para que a situação não chegasse a esse ponto. A seção atende a 14 municípios da região.
Na época, ele solicitou que os prefeitos enviassem ofícios ao governo, pedindo maior aporte de horas extras. Apesar de não ser a situação ideal, que só é resolvida com envio de mais bombeiros, seria uma solução paliativa para as escalas de serviço. Outro pedido às lideranças foi a convocação dos aprovados no concurso da categoria.
Andrade lamentou a situação, a qual classifica como grave. "Em 26 anos não ficamos nem cinco minutos sem esse serviço à comunidade", explicou. Com freqüência a equipe atende a casos graves de incêndios e acidentes, os quais o serviço dos bombeiros é essencial. Citou o caso recente do acidente com ônibus argentino, que teve grande atuação do efetivo local.
Situação semelhante ocorreu recentemente em Itaqui e Giruá. As ocorrências foram abrangidas também por Santo Ângelo e São Borja, que agora ficam mais sobrecarregadas de serviço.
Repercussão do caso
A notícia, divulgada hoje pela Rádio Missioneira, causou repercussão na comunidade. O soldado destacou que a população pode ajudar fazendo cobranças e reivindicações às lideranças. Nesta semana, a cobrança será o levada ao governador José Ivo Sartori (PMDB), que estará na região.
O presidente da Associação dos Legislativos das Missões (ALM), Rubens Figueiredo Vargas, estava na escuta na programação na entrevista sobre o caso. Ele entrou em contato com a Missioneira e disse que tomará providências sobre o caso.
Hoje à tarde, o vereador, que é de São Nicolau, virá para São Luiz Gonzaga conversar com os bombeiros. Ele irá solicitar informações sobre o caso, para levar a reivindicação ao governador no fim de semana. Rubens é do mesmo partido de Sartori, porém destacou que não concorda com algumas medidas, como é o caso do corte de horas extras.